A finitude dos materiais explorados contraposta à imortalidade dos registros.
Essa é uma das características mais marcantes da exposição Vik Muniz, realizada no Museu Inimá de Paula em Belo Horizonte. Através do uso de matéria prima inusitada, como macarrão, chocolate, diamantes, arame e até lixo, o artista brasileiro que ganhou fama mundial vivendo em Nova York apresenta ao visitante um panorama dos seus mais de 20 anos de carreira e, mais que isso, nos transporta a um novo mundo.
As técnicas desenvolvidas e aprimoradas por Vik na criação de seus trabalhos são impressionantes: rapidez no manuseio do chocolate, cuja marca influencia no resultado final, diz ele, ou precisão na escolha da refinação do açúcar, pois somente o cristal foi capaz de criar o efeito do suor no rosto da criança. Cada obra de arte está de algum modo diretamente relacionada ao material utilizado pelo artista. O brasileiro declara, porém, se interessar mais pelo registro de suas idéias depois de executá-las que pela sua criação em si, o que gera seu trabalho fotográfico. Ter como objetivo principal o registro é o que torna possível a utilização de materiais perecíveis e a reciclagem de objetos.
Vik Muniz é capaz de atrair adultos e crianças, profissionais e amadores com sua mágica. E o modo como foi capaz de conduzir sua vida e arte deve servir de inspiração para todos.
Informações sobre a exposição no site http://www.inima.org.br/
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